Resultado do Censo Startup dá bom panorama do contexto de inovação e amadurecimento que estamos vivendo!
Não é só o aumento das startups brasileiras que mostra o cenário de inovação e de amadurecimento que o país tem vivido no empreendedorismo, mas também a criação de empresas extremamente estratégicas e valiosas por aqui.
Prova disso foi a chegada ao posto de unicórnio que as startups 99, PagSeguro e Nubank alcançaram em 2018.
Sim, essas empresas já valem mais de US$ 1 bilhão!
Pra deixar isso ainda mais interessante, empresas como Guia Bolso, Movile e PSafe estão bem próximas dessa marca.
Qual é a conclusão?
Que o cenário brasileiro está bem avançado com relação a novas ideias promissoras, capazes de oferecer solução de problemas e melhoria na vida das pessoas.
E foi exatamente isso que mostrou a primeira edição do Censo de Startup, uma pesquisa recente compilada pela StartSe, uma plataforma especializada em conteúdo para empreendedores.
Nesse artigo você vai ter acesso a diversas informações dessa pesquisa e vai concluir, assim como eu, que o cenário das startups brasileiras é bastante animador para a competitividade do nosso país.
Então vamos lá!
Como funcionou a pesquisa feita especialmente para o contexto das startups brasileiras?
A primeira edição do Censo de Startup contou com 2900 fundadores de empresas de tecnologia, investidores, entre outros agentes desse universo no Brasil.
Entre as 779 startups que participaram, 70% foram fundadas em 2016 e 2017. Portanto, a média de vida delas fica entre 5 meses e 2 anos.
Foram ouvidos também 550 investidores e interessados em investir, 331 empresas e 658 mentores de empreendedores, e a captação das informações aconteceu entre julho e dezembro de 2017.
Para você ter uma ideia do cenário atual dessas empresas no país, mais da metade das startups brasileiras conseguiu escalar os seus negócios e aumentou as vendas, algumas inclusive a partir da conquista de grandes investimentos.
Quer isso em números?
Então vamos lá: um quinto das startups brasileiras que conseguiram investimentos receberam mais de R$ 500.000,00. Entre elas, metade se diz pronta para operar em outros mercados.
Os outros 43% estão na fase de testes para tentar validar o modelo de negócios.
Mas afinal, qual é o cenário das startups brasileiras?
Vamos aos demais resultados do Censo de Startup?
Entre as estudadas:
- 5% estão desenvolvendo a hipótese
- 38% estão validando a hipótese
- 36% já têm um modelo de negócio testado e estão avançando nas vendas
- 21% estão escalando o modelo de negócio
Apesar de ser alto o percentual de empresas em fase de validação, ou seja, com negócios que podem não vingar, grande parte delas já finalizou os testes, colocou o negócio pra rodar e está realizando as tão esperadas vendas.
Além disso, um percentual bastante satisfatório está na corrida pelo ganho em escala, o que é bastante interessante para o crescimento da empresa no mercado.
Entre as que conseguiram investimento
- 52% receberam menos de R$ 100.000,00
- 22% receberam entre R$ 1001.000,00 e R$ 500.000,00
- 20% receberam mais de R$ 500.000,00
- 6% não informaram
Não necessariamente quem recebeu mais investimento tem mais chance de sucesso.
Algumas possuem soluções tão simples (mas tão eficazes), que pouco investimento já basta para o negócio atingir o patamar esperado.
Como as startups brasileiras estão usando o investimento?
Como é de se esperar, a maioria das startups brasileiras tem usado o valor do investimento para financiar o crescimento e não para lucrar:
- 46% estão investindo no crescimento
- 16% chegaram no equilíbrio entre receitas e custos
- 13% estão lucrando
- 25% estão em estágio inicial ou não informaram
Donos de startups brasileiras tão novas no mercado como as que participaram da pesquisa sabem bem que o investimento não visa lucro, mas sim o crescimento dos seus negócios.
A ideia precisa primeiro acontecer, para depois gerar lucro.
Perfil das empresas
Entre os setores que mais interessam aos investidores, estão, nessa ordem:
1 – Tecnologia da Informação
2 – Educação
3 – Financeiro
No cenário das startups brasileiras que participaram da pesquisa, os setores mais encontrados são, nessa ordem:
1 – Tecnologia da Informação
2 – Comércio
3 – Educação
Já os modelos de negócio mais atrativos para os investidores são:
1 – Softwares de serviço (15%)
2 – Assinatura digital (15%)
3 – Aplicativos para celular (13%)
Os modelos de negócios mais presentes na startups brasileiras estudadas são:
1 – Assinatura digital (17%)
2 – Serviços de consultoria (14%)
3 – Marketplace (14%)
O público-alvo mais visado pelos investidores é:
1 – Outras empresas - B2B (33%)
2 – Outros consumidores finais - B2C (21%)
3 – Outros consumidores finais e empresas - B2B2C (21%)
Na realidade das startups brasileiras estudadas, o que predomina em termos de público-alvo é:
1 – Empresas - B2B (34%)
2 – Consumidor final - B2C (24%)
3 – Consumidor final e empresas - B2B2C (22%)
Esses dados mostram que o Brasil tem realmente amadurecido em empreendedorismo e que está muito avançado em termos de inovação.
E você, o que acha do cenário das startups brasileiras? Comente aqui!