Quem é a Udemy, a Fiverr e a Samaschool?
São 3 empresas americanas focadas na capacitação e nas oportunidades para freelancers. Enquanto a Fiverr oferece serviços para freelas a partir de 5 dólares e os ajuda a encontrar trabalhos, a Udemy é um marktplace que possui uma biblioteca de cursos para os profissionais desenvolverem habilidades. Já a Samaschool é uma organização sem fins lucrativos que oferece às pessoas de baixa renda uma capacitação para o mercado independente.Por que essas empresas resolveram criar o programa?
A resposta é simples: porque enxergaram o mercado de freelancer como algo realmente promissor. Para você ter uma ideia, nos Estados Unidos, até 2020, cerca de 40% da força de trabalho está projetada para atuar na modalidade. Só que por lá a maior parte desse crescimento tem ficado concentrada em centros costeiros. A ideia é justamente oferecer uma oportunidade para que mais americanos possam garantir um espaço no mercado atuando como freelancer. A maioria deles está nas grandes cidades, como Nova York, Chicago, Los Angeles e Miami. Pelo menos foi isso que mostrou o relatório Independance Economy Impact, divulgado pela Fiverr como parte do anúncio do programa. Ele examinou a atuação de trabalhadores freelancers no ano de 2017 em 15 áreas metropolitanas dos Estados Unidos e constatou essa estatística. O relatório foi feito em parceria com a empresa de pesquisa Rockbridge Associates, que utilizou informações das declarações de impostos de 2011, 2013 e 2015 dos profissionais autônomos. O estudo também apontou que a maioria dos freelas exercem serviços criativos, como artistas, escritores e designers gráficos, serviços técnicos, como processamento de dados, programação e tecnologia da informação, e serviços profissionais, como contabilidade e trabalhos jurídicos.Qual o cenário no Brasil?
No Brasil, especialistas afirmam que o crescimento da modalidade nos últimos anos aconteceu por conta da crise, mas também devido a uma mudança no perfil profissional dos trabalhadores. O diretor internacional do Freelancer.com, Sebastián Siseles, vai além e atribui o crescimento ao perfil flexível da chamada geração Y "... os pertencentes à geração Y (nascidos a partir de 1980) valorizam mais a gestão do tempo, o que faz com que procurem trabalhos mais flexíveis em relação ao horário e menos rígidos na relação patrão-funcionário" comentou ele. Independentemente do motivo, o fato é que a atuação como freelancer no Brasil tem crescido consideravelmente. Para você ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita em 2016 pelo Portal Freelancer, o Brasil é o sexto país com o maior número de profissionais independentes. Na época, mais de 384 mil pessoas atuavam como freelas, em especial em atividades como design gráfico, HTML, tradução, artigos, photoshop, marketing digital e web design. O estudo ainda mostrou os países que mais contratam freelancers brasileiros, que são, além do Brasil, os Estados Unidos, a Índia, o Reino Unido, a Austrália e o Canadá. Uma pesquisa mais recente feita pela Rock Content junto com a We Do Logos e com a 99jobs, apontou que das 9.561 pessoas entrevistadas, 77,3% já trabalharam como freelancers. As demais,por sua vez, disseram ter interesse em ingressar nesse negócio. O Coworking Brasil fez um balanço bem interessante dessa pesquisa.Como vai funcionar o programa americano para freelancer?
O programa para freelancer é chamado de Digital Workforce Development Initiative, ou DWDI. A ideia da parceria é oferecer uma variedade de recursos para os profissionais das seguintes cidades: Memphis (Tennessee), Kansas City (Missouri), Stockton(Califórnia) e Richmond (Califórnia). Quem participar vai ter acesso a:- Eventos de networking e oficinas gratuitas
- Cursos online na Udemy para a capacitação de profissionais de design gráfico, desenvolvimento web e otimização de mecanismos de busca
- Módulos online na Samaschool que ajudam a iniciar um negócio
- “Aceleração de integração” na Fiverr