...Tenho tentado conciliar a estabilidade de um emprego (com as benesses do establishment como vale-refeição, assistência médica...) com os free-lancers que faço aqui e ali Web afora.
photo credit: koishikawagirl Meu momento freela começou na montanha-russa da época de ouro internético. Saí de uma agência de propaganda multinacional, cheio de boa vontade querendo revolucionar o mundo interconectado e atraído por uma proposta que dobrou meu salário e minhas responsabilidades. Caí numa produtora que fez história no mercado, que me levou a conhecer profissionais com os quais trabalho até hoje (pelos projetos a fora). Um belo dia os e-mails e Im´s começaram a pipocar: estavam mandando gente embora! Mas como? Não íamos ser os novos senhores da informação? Tudo não seria .com? Eram 10, 15, 20 pessoas mandadas embora por dia. Um tapinha no ombro e você era chamado para conversar numa salinha, e saía de lá com um duro choque de realidade: desempregado. Foi assim comigo, e garanto com muitos de vocês. Dois anos depois tinha três filhos e estava na rua. E comecei a correr atrás de meus clientes. Foram pintando os projetos, depois outros, e eu no meio disso tudo tentando entender como se deve lidar com clientes de vários tamanhos, equilibrando na realidade de não se ter um salário fixo e um longo etc. Mais dois anos se passaram e estou aqui: com algo fixo sim, na área, e batalhando por fora para garantir não só uma renda extra, mas também escapes criativos e mudança de ares profissionais, sempre necessárias. Resumindo: cada um começa como pode. E cada um continua como pode. Não tem fórmula. Nem antídoto: uma vez freela, sempre freela.