Sons, fotos, vídeos, textos, livros inteiros, obras incompletas, reflexões ilógicas, adjetivos gratuitos...estamos imersos em um universo sem fim, com informação infinita e acessível ao toque dos dedos e, contraditoriamente como toda verdade não testada o é, distante. Profissionais de comunicação que somos devemos dar um o passo importante, de uma vez por todas. Um passo que nos liberte de antigos formatos e, ponto final, nos faça transcender aos formatos para ir de encontro ao sentido - seja ele qual se queira dar. Que nos faça pontes entre a entropia e a ordem das coisas, comercialmente falando é claro. Portanto, busquemos não mais simples páginas duplas, mas impacto duplo de uma revista inteira. Não mais trinta segundos, mas a irresponsabilidade quântica de ter tempo para tudo justamente por se viver na cultura do átimo, do milisegundo, do agora e sempre não-tempo. Não mais spots de rádio, mas emissoras (on-line que sejam) com programação criada por cada usuário-cliente-público-consumidor-produtor. Não mais filmetes espamódicos, mas obras densas, de mão-dupla que aceitem participação e até mesmo que sejam feitas pelo seu antigo público-passivo. Porque hoje, seu maior ativo é não ter um público passivo diante do que você faz. Economês à parte. Vamos mais a frente e esqueçamos das pautas, das grades de programação, dos layouts, dos copys, das suítes, das fotos em f/8 com 60 de abertura, joguemos fora os roteiros com fade-in e fade-out inconstantes que nos levam aos mesmos lugares de sempre. Abortemos igualmente a idéia de que somos jornalistas, publicitário, radialistas, arquitetos de informação, redatores de web, locutores, marketeiros, editores. Que fique claro que abandonamos a linha reta e, graças ao Bom Deus que seja louvado sempre e sempre!, abraçamos ou nos envolvemos com a linha curva. Não existe mais o outro lado do balcão porque simplesmente não existe balcão. Estamos sentado numa roda de amigos. Ou você está dentro e conta uma história muito interessante, ou vá procurar sua turma. Produzir agora é pesquisar, filtrar e, sobretudo saber misturar. Sejam bem-vindos à Alquimia da Informação.