Por toda vida eu sempre trabalhei com metas, sou daquelas pessoas que no final do ano anota tudo que gostaria de alcançar para o ano seguinte. Lembro-me quando tinha sete anos pedi para o meu pai uma boneca e, na ocasião, ele não pode me dar. Eu passei o ano inteiro juntando moedas e no final do ano, falei “vamos comprar minha boneca”. Com 20 anos, entrei na faculdade para cursar Relações Públicas. Meu objetivo? Ter uma carreira de sucesso e conquistar independência profissional. Minhas metas? Ser reconhecida como uma profissional única no mercado da Comunicação. Como meu objetivo seria conquistar independência profissional, decidi, que todo lugar que eu estivesse não olharia a empresa como “empregador”, mas sim como “meu cliente”.

Meu emprego  x meu cliente

No segundo semestre da Faculdade lá estava eu, estagiária de uma grande empresa multinacional, nada mal para um primeiro cliente. Todos os meus esforços tinham voltagem máxima: dedicação, empenho, comprometimento, enfim, uma máquina programada para gerar resultados. Em menos de dois anos, eu já era Coordenadora da área, representava a gerência em Comitês, era conhecida por todos os Diretores, realizava apresentações de sucesso, obtive diversas premiações, promoções, viagens e equipe cada vez maior. Passaram quatro anos e veio à notícia, “sua área não existirá mais aqui, teremos que fazer uma migração para outro Estado e precisamos de você”. Lá vamos nós, “missão dada é missão cumprida” já dizia o Capitão Nascimento. Após a migração, os desafios acabaram. Todo o meu trabalho foi entregue, não existia mais equipe, não existam mais metas, a luz do estrelato apagou-se. Sem a menor desmotivação, simplesmente pensei “o projeto deste cliente encerrou. Continuar aqui será como caminhar na contramão do meu sonho”. Em busca de um novo desafio profissional, fui trabalhar em uma assessoria de imprensa. Atendia várias contas, de diversos segmentos e com foco e determinação, em pouco tempo os clientes já reconheceram o meu trabalho. Passado 1 ano, veio uma nova oportunidade...

E agora? Vai encarar?

Surgiu a oportunidade de Coordenar o departamento de Marketing de um hotel. Neste “novo cliente” trabalhava com marketing inbound e tive a oportunidade de realizar projetos de Relações Públicas dentro da comunicação digital. Concluído mais um projeto, visto que os desafios para mim ali também haviam terminado, decidi partir! Mas desta vez, com um fator motivador diferente, decidi que “eu seria o meu próprio cliente”. Passei 8 anos da minha vida posicionando marcas, promovendo novos produtos e serviços, cuidando da imagem de empresas de diversos segmentos, mas nunca parei para analisar “porquê não poderia fazer isto tudo para mim?”

Seja você, o seu principal cliente

Hoje, posso dizer que todo o meu comprometimento, determinação e profissionalismo são voltados primeiramente a mim. Tenho um compromisso comigo que me impulsiona todos os dias em ser a melhor naquilo que eu faço! Esta visão mudou a minha vida! Trouxe-me não só resultados financeiros, como principalmente, a independência profissional que tanto almejava. Onde quer que eu esteja, seja qual for o meu desafio, eu sempre serei o meu. Quem é seu cliente hoje? O que você faz para ele pode ser feito para você? “Tão importante quanto fazer novas conquistas é deixar para trás os velhos troféus, que não são mais uteis. Evoluir é a própria essência da vida.” – Roberto Shinyashiki