Grande parte dos freelancers (se não forem todos) tem uma pergunta que fica martelando por um longo tempo, principalmente no início da carreira: quanto devo cobrar por meus serviços? O assunto é bastante e constantemente discutido. Inclusive tem um artigo muito interessante de Cristiano Santos aqui no CarreiraSolo que pode dar uma luz a essa questão. Mas tem outro ponto pouco debatido, que talvez possa ser a resposta da questão inicial: Quanto você QUER ganhar pelos seus serviços? Claro que queremos ganhar o máximo possível. Mas o interessante é se basear em um piso salarial. De que adianta fazer tabela de preços de seus serviços, calcular seu valor/hora e não ter a mínima noção de quanto se pode ganhar nas suas condições de trabalho? Foi pensando nisso que acabei “acordando” para essa realidade. Eu tinha uma base de quanto cobrar por cada serviço, mas não tinha uma base de quanto eu poderia produzir por dia, sem perder qualidade de vida - afinal, existe vida pessoal também, certo ;-)

Chegando a constatações reveladoras

Com essa nova questão martelando minhas ideias, comecei a anotar quantas horas eu gastava pra fazer cada tipo de serviço, inclusive tempo de reuniões com clientes. Olhava o relógio ao iniciar e ao terminar um trabalho. Feito isso, anotava: “x minutos/horas para etapa y”. E daí fui levando o mês. Para minha surpresa, vi que para ganhar o que eu precisava, devia trabalhar praticamente um dia inteiro. Tempo é dinheiroMinha primeira iniciativa depois dessa constatação foi ver quanto tempo eu dedicava a tarefas administrativas, já que aumentar os preços não era uma saída viável até o momento. Atendimento ao cliente, organização de documentos, finanças... Enfim, tudo que não fosse relacionado à produção. E tive mais uma surpresa: eu gastava quase metade de um dia de trabalho só para isso.

O que fazer para conseguir um salário desejado?

Com esse diagnóstico, vi que para atingir um piso salarial, não dependia somente do valor cobrado nos serviços. Depende também da administração do tempo nas tarefas. Outros pontos são muito importantes para conseguir alcançar um salário desejado:
  • Tenha uma meta: quanto você quer ganhar? A resposta vai ser a base pra você poder cobrar seu valor/hora nos trabalhos;
  • Defina a quantidade de horas para trabalhar por dia ou semana. Leve em conta o tempo mínimo (seu expediente) e o tempo máximo (nos dias de muito trabalho acumulado);
  • Com os dois tópicos anteriores respondidos, calcule o quanto você vai cobrar. Quanto menor o tempo disponível, maior será o valor cobrado para se chegar a sua meta e vice-versa.
  • Leve em conta variáveis como piso salarial de sua categoria no mercado e preços praticados na sua região.
Praticando tais ações, vai ser muito mais fácil conseguir estipular um expediente menos desgastante e mais lucrativo, alcançando naturalmente o salário pretendido. E então? Já parou pra pensar em quanto você ganha ou quer ganhar no mês? Já tem uma meta definida? Faça um teste e conte-nos sua experiência. Por: Diego Fernandes