Da mesma forma que a maioria: tentando. E se não conseguir, tente novamente. E novamente, e novamente, e novamente. Tentar é preciso. Reclamar não é preciso. Quando eu comecei a trabalhar, ainda estagiário, montei um pequeno portfólio e, eu e meu dupla na época (propaganda, redator+diretor de arte=dupla de criação, lembram?), percorremos o mercado publicitário carioca crentes que conseguiríamos alguma coisa. Muitos elogios e solas de tênis depois, estávamos no mesmo lugar de onde saímos: uma pequena agência, que está ainda menor hoje. Mas valeu a empreitada, me deu estofo e coragem para continuar tentando...esmerando o discurso, focando em empresas com o perfil que eu acreditaria que fosse o meu. As indicações? Ué...depois da primeira entrevista eu peguntava: você me indica alguém? Invariavelmente o Diretor de Criação listava 10 outros colegas e, a partir daí, a frase ao telefone, na próxima agência, era outra: Essay Writing... Creative Commons License photo credit: mortsan - Boa tarde, sou Mauro Amaral, redator, indicado pelo Fulano de Tal, Diretor de Criação da agência tal. E as portas foram se abrindo. A indicação é um brinde, mas não o diferencial. Nunca deixei de fazer portfólios diferentes, criar mesmo sem briefing e ler tudo o que caía nas mãos. Não só eu, por favor. Vários amigos que vieram de longe, sem conhecer ninguém, além da própria determinação começaram assim. Alguns, hoje, dirigem as mesmas agências nas quais, um dia, foram estagiários. Escrevem para as revistas que liam e adoravam, publicam reportagens nos jornais nos quais descobriram sua vocação. Como você faz para conseguir uma vaga no mercado sem ter Q.I?? Faça o mercado querer você. Evolua. Pense na frente. Ou então...bem, fique por aí reclamando.