Enquanto somente 18% da mão de obra em TI é regularmente contratada, mais da metade das empresas procuram profissionais freelancers para execução de seus projetos ou de terceiros. Canibalismo do emprego? Não, simplesmente um novo modelo.Paulino Michelazzo, para a Revista Wide de Novembro/Dezembro de 2010.Mas este mundo não é somente colorido. Se não existir um bom planejamento, a frustação é certa, e o retorno à estaca zero da busca de uma nova colocação, costumeiro. Como não existem os chamados benefícios da CLT, é necessário cuidar de tudo, desde o fluxo de entradas, a poupança a ser realizada para momentos de estiagem e até mesmo para uma parada repentina por motivos de saúde. Preocupando-se com isso e mensirando prós e contras, a balança na maioria das vezes pende para o lado dos freelancers. E não é só o profissional que ganha. A empresa contratante também se aproveita desse nvoo movimento da exonomia mundial, seja na redução do pagamento de encargos, seja na utilização de mão de obra mais qualificada para o desenvolvimento de seus projetos. Sim, porque o freelancer que deseja se estabelecer, e mais ainda aquele que já se estabeleceu, não pode parar de estudar e conhecer novas técnicas e tecnologias. A concorrência é forte em todos os segmentos. E errado é aquele que chegou aqui pensando que o freelancer prostitui o mercado: não, ele o auxilia para que mais oportunidades sejam criadas para todos, e isso é facilmente explicado com matemática. A partir do momento em que uma empresa não tem a nexessidade de pagar encargos estratosféricos (que no Brasil chegam a 102% em alguns casos), sobra dinheiro para a execução de projetos, principalmente os engavetados e já empoeirados. No momento de executá-los, a empresa procura profissionais freelancers que certamente será mais barato que a contratação de um profissional CLT. Observa-se, então, que a roda gira e todos ganham: a empresa que tira o projeto da gaveta, o freelancer que tira o mofo dos dedos e o cliente que obtém a solução pretendida. Nem mesmo o governo perde, pois ainda existem impostos sobre os serviços, mas com menor peso. E porque, então, não é regra? Essa pergunta deve estar tanto na cabeça do profissional quanto na do empresário, e algumas respostas são fáceis de serem encontradas. A primeira delas é o desejo ilimitado do empregador em ter seu rebanho por perto. Quanto mais perto, mais o chicote assovia - acredita-se que isso seja produtividade. De outro lado, o profissional que ainda não está acostumado com esse modelo de trabalho, pouco tem responsabilidade e normalmente atrasa ou faz malfeito (por conta do atraso). Nessa equação, ao contrário da primeira, todos perdem: a empresa com custos altos, o profissional com salários baixos (e as costas ardendo) e o cliente que não vê o projeto. Então, o que fazer para mudar? A dica vai principalmente para os profissionais: responsabilidade. Sem responsabilidade, o cliente, que inclusive pode ser seu ex-empregador, não irá lhe confiar nada. Você terá que, em vez de procurar jobs em sites especializados de freelancers, procurar vagas em sites de agência para voltar ao antigo regime da carteira & chicote. Responsabilize-se que o trabalho vem. A demanda está cada vez maior e existe espaço para profissionais do mundo todo, em todo o mundo. E de uma coisa esteja certo, cedo ou tarde o seu emprego será cortado para dar lugar a dois ou três freelancers. Esta é a regra capitalista que não conseguimos mexer e, já que é assim, que tal ser você um desses freelancers atendendo seu ex-chefe? Pense a respeito. Por: Tatiane Cristine Arnold, que está sempre em seu blog: www.tatianearnold.com.br/blog