Quando você pensar em trabalhar em dupla ou tripla, precisa ficar de olho nos tipos de parceria que podem surgir. Joãozinho precisa de um layout, Mariazinha de texto, Ambrósio tinha tudo pronto mais precisava integrar e cleomilda sabia programar em qualquer linguagem existente, mas não tinha tanto talento assim para atender aos seus clientes. Apesar de todas as diferenças, este time de friloprofissionais tem uma grande coisa em comum: a cabeça cheia de idéias, mas o bolso tão vazio como uma repartição pública às 16h30 de sexta-feira, 2 de julho de 2004 E seus projetos morreriam à míngua, não fosse uma saudável prática que tenho visto surgir nos home-offices deste Brasil: as parcerias. Gente, não tem jeito. Apesar de lutar continuamente para legitimar a categoria, tem horas que rola um escambo mesmo. E desde seja um toma lá, dá cá honesto, registrado e, CLARO, mútuo, não vejo problema algum. Mas alto lá comandante! Nem tudo é tão simples quando um e-mail trocado de um dia para o outro. É importante, principalmente para quem chegou agora ao nosso canal, saber farejar que tipo de "rolo" você está fazendo. Já vi alguns, uns mais aconselháveis do que outros. Em resumo:

Função por função

Você está ultra-atarefado e pintou um freela irrecusável. Para não perder o cliente, você vira cliente. Chama outro redator Profissional Freelancer confiável e oferece o job. Nestas horas, comissões e repasse de orçamento devem ser interessados como normais, o preço da multitarefa. Trabalhe como o mercado: 15% ou 20% para quem indicou, 85% ou 80% para quem realizará o trabalho. Ter medo, insegurança e até vergonha de oferecer este tipo de trato é pura bobeira.

Função por Serviço

Tem cliente que é durango. Não tem verba mesmo. E você, ainda assim, está querendo pegar o projeto. Sei lá...quer aquele job no portfolio. A coisa acontece mais ou menos assim: o cliente te chama, você vai lá, faz orçamento e na hora de fechar, ele joga o verde: ¿ E se a gente formasse uma pareceria?¿ E aí começa: site de locadora e você vê uma ano de lançamentos grátis. Portal da Escola e seu filho freqüenta as aulas gratuitamente. Site do dentista e você de dentes brilhates. Sei lá, não aconselho. E por vários motivos. Primeiro: a dificuldade de fazer a conversão entre esses valores. Será que uma hora aula (R$ 8, 9...10 no máximo) é o mesmo tempo de sua hora máquina? Se a locadora aumenta absurdamente o preço do DVD Sére Ouro Máster...você continuará alugando vário filmes? Segundo: como colocar isso num contrato? Quem vai garantir o cumprimento mútudo entre as partes? E teceiro e mais fundamental: Se no meio do caminho pintar um projeto que te garanta grana viva, você acha que vai manter o mesmo comprometimento? Enfim, já vi até mesmo reportagens sobre pais que fazem projetos para escolas dos filhos...mas eu preferiria cobrar. Barato, mas cobrar.

Serviço por serviço

É o caso do início do texto. Num mundo regido por parcerias, Joãozinho faria o texto para Mariazinha, que faria o design para Joãozinho e os dois integrariam a equipe de Ambrósio que atenderia os clientes de cleomilda enquanto essa programaria para todo mundo, ou seja, alguém sempre trabalha mais. Mas aí, é outra história. E vocês o que acham? Já tomaram cano em alguma parceria? Algum caso de sucesso? Manda bala que a gente aceita!