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São 2h da manhã e você tem apenas mais um dia para entregar o projeto. Os olhos ardem, as costas estão dormentes e nem a cadeira de couro reclinável último tipo teve pena de você. À meia luz, ouvidos estourando graças ao seu headphone 5.1, você só percebe quando é tarde demais: de repente, tudo congela. Não o micro, mas você. O cérebro se recusa a trabalhar, as mãos, suadas, não encontram mais o teclado, os pés dormentes, mal conseguem levar seu dono até à cama, onde, por três horas apenas, você tentará recompor-se, afinal, tem que trabalhar, ainda hoje. No seu primeiro emprego. O prazo, você perdeu junto com a noite de sono. Mas não foi só isso. Você pode ter começado a gerar uma tendinite, um probleminha na coluna, um esforço extra na córnea caso use lentes de contato. Enfim, mais uns meses nessa vida e ninguém acreditará quando você jurar que tem apenas 30 anos. Cenas como essa, eu vivi, você viveu e ele, que está chegando agora, se eu puder, ajudarei a não precisar viver. O Profissional Freelancer, por mais que tenha que correr atrás de projetos, por mais que tenha que entender-produzir-entregar sempre no prazo, por mais que tenha quer ser sempre perfeito, precisa prestar atenção numa palavrinha que, embora bonita, freqüenta pouco o dicionário dos mais experimentes: ergonomia. Ela salvará você. Ou, pelo menos, fará com que você lute por mais tempo. Longe de querer dar uma de sabe tudo ( eu, particularmente adoro pensar na arquitetura dos sites ouvindo meus mp3...a trilha do Gladiador, por exemplo), os tópicos a seguir abordarão o básico do básico, que colhi de leituras ao longo desses dois anos. Algumas empresas, inclusive, tem um programa chamado Ginástica Laboral que passam para seus funcionários algumas dicas. Colhi algumas e resolvi apresentar para vocês. Horário Quando comecei carreirasolo em 2002, o slogan era “De 9h às 12h. De 14h às 18h. De 22h às 0h”. Era esse meu horário de trabalho na época em que fui somente freela. Como, se você é disciplinado, a tendência é trabalhar mais do que no escritório, quebrei esses horários em blocos que me possibilitavam viver algumas coisa fora do micro. Sempre sobrava tempo para alugar um DVD, ir ao cinema e até mesmo buscar o filho da escola. Trabalhava muito e vivia ainda mais. Descubra qual é o seu horário. O fundamental é não abrir mão do: Descanso A cada uma hora de micro, você TEM QUE descansar 15 minutos. Dê uma volta no quarteirão, se estique no sofá, tome um suco, faça um lanche, namore. Você renderá mais assim. Não sacrifique noites de sono à TOA. Mais vale acordar as 7h. Acredite. Luz que luz linda! Sabe aquela cena do Procurando Nemo em que Marlin e Dory ficam fascinado com uma luz azul estonteante? Seu monitor tem o mesmo efeito: ele cisma em ser a única luz do ambiente. Mas evite isso. O ideal é ter, pelo menos, uma luminária rebatendo. Eu, como recentemente consegui montar meu QG-FREELA em um ambiente único na casa, fecho a porta e deixo a luz acesa. Ainda ajuda a manter você acordado. No entanto, existem os casos em que você está no quarto e sua mulher (marido) quer dormir. Sem neura, que não estou aqui para promover briga em casal: baixe a luminosidade do monitor, assim como seu contraste. Ficará tudo meio cinza, mas o casamento, no azul. Posição Tem um DBA amigo meu, excelente diga-se de passagem, que ficava com a cabeça ao nível da mesa, praticamente deitado frente a um monitor de 21’. O que tenho visto nesses programas de Ergonomia, é algo simples, mas que pode ser resumido na figura abaixo:
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Equipamento Essa, acho que todo mundo vai gostar: procure manter seu equipamento de trabalho (Micro, Câmera, Microfones, Código Civil...) em dia. Eu aspiro o teclado e limpo a tela do monitor, tem gente que compra teclado de R$ 200. Se você digita muito, é jogo. Assim como monitores anti-reflexivos. Mas antes de ter, procure saber cuidar. Exercícios Básicos Não posso escrever muito aqui para não gerar LER (Lesão por esforço repetitivo), portanto, basta clicar que tem uma matéria na folha com um tutorial bacanudo Finalizando Na verdade, ainda não terminou. Está apenas começando, pois, tudo isso que a gente faz, corre atrás, toma calote, recupera depois, enfim, é um função de nossa qualidade de vida. Sem ela, nada vale a pena. Se você sentiu falta de algum link, ou alguma informação, manda que a gente publica! Para ler um pouco mais Associação Nacional de Medicina do Trabalho Instituto Nacional de Saúde do Trabalho Artigo da Unicamp sobre o tema Página Ministério da Saúde Tem até Fabricante de remédio preocupado