Shaking Hands
Creative Commons License photo credit: Aidan Jones Então você resolveu seguir o conselho do post anterior e contratar um advogado??? Ótimo! Qualquer dia desses escrevo um post só sobre como ESCOLHER um bom advogado, logo depois que me certificar que não estarei infringindo nenhuma regra do Código de Ética da ordem)! De todo modo, já dei algumas dicas em outro post. Corre lá e dê uma olhadinha! De todo modo, você o escolheu! Ele é SEU! E agora? Vejamos algumas dicas para você extrair o máximo de sua relação com o seu advogado.

Por que você o contratou?

Ora, parece óbvio, não? Nem tanto. Às vezes a sua situação ou seu problema podem cegá-lo de tal forma que você não sabe nem onde fica sua nuca, quanto mais delimitar o campo de atuação de seu advogado. Esse pode ser o primeiro passo! Agende uma reunião para contar os seus problemas, chorar, espernear... você precisa ser ouvido e todo advogado tem seu lado psicólogo. Há advogados que cobram por isso, há quem faça de graça. Eu, particularmente, cobro, mas abato o valor acaso seja necessário serviços posteriores. :) Não perca seu tempo pensando sozinho, converse-com-seu-advogado! 

Como você quer ser cobrado?

Já sabe porque precisa de um advogado? Ótimo. Defina AGORA a forma de cobrança dos honorários! Quanto mais cedo, melhor. Vamos supor que contratou seu advogado para viabilizar um novo projeto, ok? Nesse caso a cobrança pode ser estabelecida por hora, pelo serviço, ou pelo sucesso do projeto.  Se o contrato for por hora:
  • Qual é unidade de tempo mínima para a fixação da base-hora?
  • Com que freqüência e em que condições poderá solicitar uma auditoria dessas horas?
  • Consultas eventuais serão cobradas a parte?
  • Haverá cobrança pelo acompanhamento diário de sua ação?
Se pelo serviço:
  • Haverá a possibilidade de reajuste?
  • Quais as condições para atendimento do cliente?
  • Quais os gastos incluídos?
  • Advogados usam seus próprios carros, carros do escritório ou táxi?
Se pelo sucesso:
  • Quais os parâmetros para se determinar o sucesso do projeto?
  • Haverá algum adiantamento?
  • Quais os gastos incluídos?
Tenha em mente que o advogado pode ajudá-lo antes, durante e após o término do projeto, elaborando o contrato, ajudando nas negociações, avaliando a outra parte, acompanhando a execução do projeto, cobrando, etc. O céu é o limite!

Não negocie honorários!

Não é ruim quando fazem isso com você? Normalmente para te forçar a abaixar o preço do seu serviço, costumam desmerecê-lo de alguma maneira, certo? Por que com advogados isso seria diferente? Quando for pesar os custos e benefícios, não considere apenas o lucro que espera obter com aquele serviço, mas também os riscos e prejuízos possíveis caso algo dê errado. Inclua os custos de sua assessoria jurídica no seu preço de seu serviço. Ofereça-a como diferencial! Em vez de negociar, peça justificativas. De repente, o custo apresentado está incluindo itens dispensáveis dado o que esse contrato vale para você. Pese a exclusividade por determinado serviço versus a remuneração exigida. Pode ser um bom parâmetro para sua avaliação.

Inclua o advogado no processo

Já que a idéia é criar um relacionamento de longo prazo, porque não vincular seu advogado ao projeto desde o início até o final? Proponha cláusulas prevendo quanto custará ingressar na Justiça caso algo dê errado. Inclusive se algo der errado POR CAUSA de algo que o advogado deixou passar! Ninguém é perfeito, ora essa: as pessoas erram. Fazendo dessa forma, o advogado deixa de ser um mero prestador de serviços e passa a ser seu parceiro nessa nova empreitada. Sério, faça isso. Advogados também não estão acostumados a se envolver com seus clientes nesse nível.

Conclusão

Então, o que você achou? Essas dicas foram úteis a você? Como você acha que pode melhorar sua relação com seu advogado? Comente logo abaixo!