Os jornais têm publicado notinhas e matérias que denotam certo espanto na quantidade de títulos de auto-ajuda na Bienal do Livro que está acontecendo em São Paulo até o dia 19/03. Tudo bem que tem aí o ranço entre acadêmicos e o resto do mundo que não usa blaser de veludo em pleno verão. Tudo bem que existe alguma razão por trás de tudo, afinal os livros têm textinhos leves e sem grandes mensagens. Tudo bem que vendem que nem água e o cara que te ensina a ganhar um milhão em dez anos fica rico em apenas cinco. Tudo bem, tudo bem. Mas repare nos temas: deus, amor, família e com um abraço de brinde, um tapinha nas costas e aquele gosto no final de "calma, tudo vai dar certo meu amigo, minha amiga." É infalível. Quem está pronto para encarar SOMENTE, por exemplo, Gregor Sampsa virando barata? Raskolnikov enlouquecendo? Ursula vivendo cem anos de solidão em Macondo? Capitu pulando a cerca? (ou não, ou sim, ou não...) Queremos abraço e não mais braço para lutar contra. Bom, tem gente que prefere encarar de frente, tem sim senhor. Mas aí é papo para outro post. E confesso, consumo literatura não tão bem classificada em meios intelectualóides. Por exemplo, a Operação Cavalo de Tróia está na minha estante tem anos, e já reli várias vezes os 6 livros. Aliás, o sétimo acabou de chegar e estou levando para casa no final de semana para começar a ler. Fica a pergunta: e vocês? Compram livros de auto-ajuda? Preparei uma listinha para ajudar a vocês. Dêem uma olhada.