Quando vi pela primeira vez o vídeo deles, fiquei absolutamente impressionado. Estava ali, turbinado por depoimentos, com linguagem cinematográfica e uma promessa latente, tudo aquilo sobre o qual gosto de escrever: fazer o que se gosta para fazer bem e ser feliz.
E a troca de e-mails foi imediata. O time capitaneado por Mauricio Schonenberger mostrou-se capaz de criar, ao redor do IKWA, um negócio inovador, focado e "do bem". A entrevista que se segue demorou alguns meses para ficar pronta, porque eu simplesmente queria esperar para publicar já na nova versão no Carreirasolo.org. Afinal, se o clima é fazer o que se gosta, não teria outra maneira de recebê-los. Acompanhem!

Publiquei recentemente a matéria onde vocês e a equipe do Boo-box faziam seus depoimentos sobre as start-ups e o mercado brasileiros de capital de risco. Eu tenho a opinião de que vivemos as voltas com o mundo tecnológico e as empresas que surgem parecem brotar somente deste filão. Vocês acham que a internet, o capital de risco e iniciativas mais afeitas ao geral da população ( ou seja, outros segmentos, produtos mais variados etc) têm vez?

Sem dúvida existem start-ups surgindo em todos os segmentos da economia. Aqui no Ikwa temos contato bem próximo com os investidores de venture capital e acompanhamos diversos investimentos que eles fazem em outras áreas. Acredito que a internet oferece mais oportunidades pelo alcance de mercado que ela proporciona. Empresas no mundo físico têm a restrição geográfica para alcançar os consumidores de seus produtos, já na internet não há fronteiras e para citar um exemplo, no caso do Ikwa, temos usuários do interior e litoral de São Paulo, Norte e Nordeste e Sul do Brasil, e até alguns usuários internacionais em Portugal e nos EUA.

O empreendedor no Brasil é um ser que divide seu cérebro em dois: de um lado ele é obstinado de outro sonhador. A onda da web participativa, baseada em opiniões a qual convencionamos chamar 2.0, trouxe muitos sonhadores. Mas...só os obstinados chegam lá?

O primeiro passo para montar uma empresa é ter um grande sonho, no nosso caso sonhamos com um mundo onde as pessoas amam o que fazem e queremos ajudar os membros da comunidade Ikwa a encontrar seus caminhos profissionais para chegar lá. Entre sonhar e fazer isto virar realidade há um grande passo. Estruturar a empresa (especialmente no Brasil onde a burocracia desanima até o mais persistente dos empreendedores), contratar a equipe, lidar com o dia a dia... Sem um grande sonho acho que desistiríamos no caminho. Mas acho que todo grande sonho quando perseguido se transforma numa obstinação, e talvez a característica principal do empreendedor seja esta, sonhar a tal ponto que este sonho se transforma numa obstinação.

E por falar em sonhadores, como vocês enxergam a emergência de profissionais freelancers na comunidade IKWA? Eles aparecerão um dia na teia de ocupações? Em que se diferenciariam dos profissionais tradicionais (CLT) no que se refere a formação e postura profissional?

É cada vez mais comum as pessoas serem contratadas pelas suas habilidades e com a complexidade cada vez maior do mundo de trabalho especialistas em diversas áreas são necessários para as empresas, nem sempre em tempo integral. Acreditamos que o trabalho por job, ou freelancer seja cada vez mais comum, assim como o trabalho de casa sem ir ao escritório. No Ikwa as carreiras estão dispostas por áreas do conhecimento, e os profissionais que trabalham nestas áreas podem ou não ser freelancers. Em breve a área "trabalhe" estará no ar com oportunidades profissionais, e elas não devem se restringir a empregos fixos, os "freelas" terão um espaço interessante dentro da comunidade Ikwa também.
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Ah, sim...

É óbvio que estou lá, e cá está meu perfil.
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