montfort2.jpg2007 começa com mais uma integrante da Galerasolo, Flávia de Montfort. A revisora paulista tem grande experiência no mundo corporativo e acadêmico (atualmente está cursando sua pós-graduação em Comunicação Empresarial e Relações Públicas) e está aqui para mostrar que vale a pena manifestar suas opiniões sobre o mundo freela, no qual atua como revisora de textos desde 2000. Agora, de site novo e linkando pra cá, ganhou sua entrevista. Gente, se acanhem não, tá? O espaço é nosso. Como começou a freelar?
Revisando textos institucionais em uma agência de comunicação. Acabei me especializando também em revisar trabalhos acadêmicos; meu então chefe me indicou para o irmão dele, que estava concluindo um mestrado; essa pessoa passou o meu contato para um colega e assim foi. Mas qualquer trabalho é bem-vindo; as exigências são as mesmas, as rotinas é que mudam.
Tem firma legalizada?
Não, não vale a pena, infelizmente.
Dedica-se totalmente ou é freela "meio-expediente"?
Durante o dia sou jornalista, trabalho com redação de materiais corporativos. À noite e nos finais de semana eu me dedico à revisão. Diria que sou "freela meio-expediente", mas em algumas épocas dedico mais tempo do dia a essa atividade do que ao trabalho regular. Afinal, o mais eu poderia fazer entre 18h e 7h?
Como aborda e prospecta clientes?
Minha clientela é bastante específica, então eu vou onde o povo está, ou seja, faculdades que oferecem cursos de pós-graduação. Procuro os murais de anúncios e depois o boca-a-boca faz o resto. Antes que alguém me entenda mal, já vou avisando que reviso trabalhos prontos. Não faço pesquisas para ninguém; o meu negócio é o texto, pelamordedeus.
Costuma formalizar propostas?
Claro! Você entregaria o seu filho (um texto, um site, um folder) para alguém que você nunca viu e que não deixou nada por escrito? Com uma proposta, fica mais fácil o cliente trabalhar junto, com confiança e tranqüilidade. Além disso, é fundamental formalizar tudo para evitar enganos e prejuízos para ambas as partes. A pior situação é quando cliente e prestador esperam coisas diferentes do trabalho. Fatalmente o cliente acaba exigindo mais do que a gente imagina, que trabalha mais do que deveria e ganha menos do que mereceria.
Qual foi o pior calote?
Nunca aconteceu, felizmente. Pelo contrário, os clientes costumam fazer logo o depósito da primeira parcela no aceite da proposta. Depois, passada a aflição de querer ver o trabalho pronto, pagam a segunda parcela e ainda me ligam depois dizendo qual foi o resultado. Afinal, eu faço parte do processo, não é verdade?
O projeto ideal, como seria?
O cliente que confia no nosso trabalho (e sabe o que quer) sempre traz bons projetos. Mas no primeiro contato é importante já colocar todas as cartas na mesa, explicando qual o tempo que se terá disponível para atendê-lo, os horários em que ele poderá telefonar ou aguardar ligações e, principalmente, estabelecer o prazo mínimo para um trabalho máximo. Sem isso, é confusão na certa.
Espaço livre
Acredito que o Carreira Solo seja não apenas um lugar para aprender, mas para que possamos nos unir. Aqui estão pessoas das mais variadas especialidades, que juntas podem encarar tranqüilamente qualquer projeto e dar uma resposta de altíssimo nível. Quem quiser conhecer mais sobre o meu trabalho está convidado: www.flaviademontfort.com.