Série de artigos vai ajudar a entender como vão evoluir as profissões em futuro próximo e como fazer para enfrentar a ameaça dos robôs no ambiente de trabalho.
Se você tem o costume de conferir sua linha do tempo no Facebook com certa frequência, provavelmente já deve ter se deparado algumas vezes com notícias “científicas” sobre robôs capazes de fazer a faxina na sua casa ou, em casos mais apocalípticos, podem até ser uma ameaça real à segurança da humanidade.Mas o que é verdade o que não passa de exagero nessas notícias?
De acordo com o físico Michio Kaku, co-criador da teoria dos campos de cordas, os trabalhos repetitivos (amplamente explorados nas indústrias têxtil, automobilística e alimentícia) serão completamente varridos do mapa nos próximos anos. Ele acredita que os trabalhos do futuro serão aqueles que precisam se adaptar de acordo com a avaliação prévia do profissional e demandam habilidades como criatividade, imaginação, liderança, capacidade de análise e senso comum - conhecimentos que compõem o denominado capitalismo intelectual. E engana-se quem acredita que as mudanças trazidas pelo avanço tecnológico vão se limitar aos trabalhos de “baixo escalão”, como são os casos dos jardineiros, lixeiros, pedreiros, policiais etc. Muitos advogados, contadores e até médicos cujas tarefas são meramente burocráticas também estão com os dias contados.
A questão é: quanto tempo vai demorar pra isso acontecer?
Tendo em vista todas as tecnologias que já temos em operação hoje, como o robô Watson da IBM, que inclusive já está sendo utilizado por muitas empresas brasileiras para atendimento de clientes, e o “robô escritor” utilizado pelo jornal americano New York Times para redigir notícias mais simples, não é exagero afirmar que essa mudança já é uma realidade e não apenas “papo de futurista”. Isso sem citar os carros autônomos, membros biomecânicos e milhares de outras tecnologias que vemos surgindo quase que diariamente. Para se ter uma ideia, um estudo conduzido pela Universidade de Oxford estimou que 35% dos trabalhos realizados por seres humanos atualmente, no Reino Unido, possuem uma grande chance de serem completamente substituídos por computadores (robôs ou não) nos próximos 20 anos. Nota: Se você quer saber qual chance do seu trabalho ser substituído próximos anos, a BBC desenvolveu uma ferramenta muito interessante com base neste estudo.Mas calma, nem tudo está perdido
Sim, os robôs irão substituir boa parte dos trabalhos que conhecemos atualmente E isso pode ser ótimo. Imagine viver num mundo sem trabalhos repetitivos e “inúteis”, onde você e seus filhos possam escolher uma profissão que os forneça não só o dinheiro para suprir suas necessidades básicas, mas também satisfação pessoal e propósito na vida? Como toda mudança de comportamento, a utilização de robôs e tecnologias avançadas de Inteligência Artificial pode gerar medo e insegurança nas pessoas. Especialmente naquelas que já começaram a sofrer diretamente as consequências. Afinal, se Ellon Musk, Bill Gates e Stephen Hawking já disseram publicamente que estão um pouco preocupados com os avanços da Inteligência Artificial, quem somos nós, meros mortais, para não nos preocuparmos?