Como vocês devem ter lido por aqui, quarta-feira (18/04) foi a data escolhida pelo mestre Luli Radfahrer para lançar o seu novo livro, A Enciclopédia da Nuvem, em terras cariocas. Tive a honra de ser convidado e comparecer para me juntar a um time mais do que seleto e assim discutir por onde andam os desafios e oportunidades. Encontrei por lá, além do próprio autor, Beto Largman, (blog Feira Moderna em 'O Globo'), João Caribé (consultor digital e ativista do Movimento Mega-Não), Edson Mackeenzy (CEO do portal de compartilhamento de vídeos Videolog) e Henrique Andrade (professor de empreendedorismo na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Informática Instrumental na UniRio). O papo rolou solto, fosse com Luli mediando, ou com a turma conversando sobre temas tão variados quanto privacidade, ativismo digital, educação, empreendedorismo e conteúdo. Muito bacana, muito legal. Dê uma olhada na matéria que o portal Nós da Comunicação acabou de publicar! Aproveitando o clima, queria deixar aqui um pouco do que tentei levar de contribuição para o assunto. Explico: como sou um cara absolutamente textual, criei o artigo abaixo para poder treinar o pensamento naquilo que iria apresentar na noite de quarta-feira. Mas, nuvem das nuvens, o papo tomou outro (e excelente) rumo e tive que filtrar aquilo que seria útil para a audiência no momento. Quem sabe faz ao vivo... Agora, podemos recomeçar o papo daqui.

A nuvem freelancer

A melhor maneira de falar sobre as vantagens e oportunidades que o advento da computação em nuvem trouxe para o mercado de profissionais independentes é analisar a trajetória típica dessas pessoas. Se pudéssemos imaginar uma evolução profissional linear ela teria três grandes momentos. in the cloud Creative Commons License photo credit: Robert Couse-Baker Primeiro o freelancer de meio período, dividindo sua atuação como integrante da força de trabalho clássica, contratada e com horário a cumprir. E, durante e após o expediente, como um profissional independente - comercial e criativamente. Depois, ele se consolida como dono do próprio nariz, como chamamos, um freelancer em tempo integral. Aqueles mais atentos criam até mesmo uma marca própria em seu campo de atuação. Esse campo de atuação vai hoje dos tradicionais fotógrafos e publicitários, até contadores, arquitetos, professores. Uma gama bem maior que o neologismo “freelancer” nos permite imaginar Em um terceiro estágio, esse profissional resolve emprender em uma escala maior do que a sua subsistência, seja lançando seu próprio serviço na mesma nuvem que o auxilia desde o começo ou apenas capilarizando sua atuação, coordenando outros profissionais. Sabemos que na vida prática nada é tão linear assim e que idas e vindas de um formato para outro são mais do que comuns. Mas, mesmo assim, vamos analisar como as ferramentas em Nuvem o ajudaram em cada um desses momentos. As vantagens nas duas primeiras fases são mais ou menos semelhantes e tem a ver com a reinvenção do próprio tempo do profissional. Podemos dizer que, no caso dos bem mais jovens, é a primeira vez que ele entende a internet como ferramenta de produtividade. Ou seja: ele entende que pode entender o seu tempo físico para o tempo de web, temo de nuvem. E assim, trabalhar e atender a mais clientes, e a ganhar mais. Seja dividindo o tempo com outra atividade, ou se lançando em uma carreirasolo, a nuvem permite que o profissional já comece aos 5 minutos do primeiro tempo com com backoffice estruturado: conta de email, ambiente de gestão de projetos, isso sem falar no espaço extra para seu backup. Um diferencial competitivo pode ser apontado como a criação de uma memória para seus projetos onde quer que esteja. Ambientes de compartilhamento de tela, de imagens, de fluxogramas, de fotos, podem quebrar um galho e tanto em reuniões fora de hora ou quando imprevistos acontecem. O freelancer, quando em início de carreira depende como nunca da máxima que nos diz que “cada projeto deve levar ao próximo”. Perder uma apresentação, não abrir um arquivo por o mesmo estar corrompido, esquecer mídia em casa...tudo isso, é passado. Com contas, serviços e ferramentas bem escolhidos, o freelancer em início de carreira sequer depende de um device específico. Ele pode puxar seu futuro cliente pelo braço e mostrar tudo o que pode fazer em qualquer lugar onde esteja. Vantagens bem bacanas, sem dúvida. Mas é no terceiro momento, aquele onde o freelancer vai empreender e se entender como uma proto empresa ou futura empresa é que a nunvem mostra o seu valor. Quando você já está coordenando equipes a nuvem te ajuda estabelecer metodologias que “falem a mesma língua” dos tempos e movimentos de seus contratados. Como lá na Contém Conteúdo. Quase 90% de nosso trabalho roda em nuvem. Utilizamos o GoogleDocs para pitchs de pauta com equipes de até 50 redatores; temos Matrizes de Conteúdo online para acompanhamento junto a cliente e equipe AO MESMO TEMPO e EM TEMPO REAL e, claro, na DropBox depositamos a memória do projeto e fluxo de entregas. Tudo isso a um custo baixíssimo e com uma agilidade sem igual. E vocês, o que acham?