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O Profissionalzinho não faz xixi na cama.

O profissionalzinho não sai tarde da cama. O profissionalzinho pega sempre a mesma condução. O profissionalzinho se formou cedo na escola. E da escola caiu na graduação.

Percebo uma tendência no mercado, sobretudo nos recém-sempre-formando, que se refere à pasteurização geral das expectativas e talentos. Ao interagir com diversos tipos de profissionais já vi estagiário afirmar que teve aula de Photoshop para aprender a fazer aqueles anúncios com a embalagem do produto pequeninho no rodapé de página, outros, postulantes a profissionais de internet, catando a última moda, o último assunto que gerou artigos para se especializarem nele. Mesmo sabendo que, três meses depois, estariam novamente à cata do próximo assunto da moda; gente mais tarimbada topando reiniciar como júnior, júnior botando banca de senior porque fez um MBA de porta de botequim.

E todos eles, assim, profissionalzinhos.

O profissionalzinho respeita os mais sérios. O profissionalzinho não bate na irmãzinha. Chefinho protege o profissionalzinho. E leva em reunião sempre, sempre à tardinha.

Fica aí o alento a quem, como eu, nasceu meio raciocinante, questionante, porém não replicante: evite ser profissionalzinho. Acredite, acontece nas melhores famílias e, com certeza, um amigo seu aí ao lado, mesmo partilhando de boas idéias e ideais, um dia, pode virar um. Aliás, até eu mesmo e você, todo prosa lendo e concordando, já tivemos nossos momentos profissionalzinho. Se passou, ok, não comentaremos mais. Se você se sentiu bem no papel…calma. Pra tudo tem cura.

Por isso eu peço a todos os coleguinhas. Prestem atenção no conselho que vou dar.

A lista poderia continuar, afinal, ela cresce quando o bom-senso diminui. Como eu acredito que todos aqui o tem de sobra, fica só o aviso.

Profissionalzinho não faz xixi na cama e nem malcriação. Mas nem por isso é gente boa, não.

O Palhaço Carequinha (a.k.a George Savalla Gomes) que nos deixou mês passado, costumava cantar a canção que parodiei (em negrito) para as crianças mal-criadas da década de 60, 70, 80 e 90. Gente pra caramba.

O carequinha aqui (a.k.a. Mauro Amaral), resolveu fazer uma rápida versão, numa tarde que ficou em casa devido à uma leve indisposição, para lembrar a todos os seus leitores que mesmo lutando muito, diferenciando-se muito, acreditando muito; às vezes é muito pouco.

Vejo vocês no espelho.

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