Adriana é formada em Desenho Industrial, Comunicação Visual e Análise de Sistemas pela PUC–Rio de Janeiro. Trabalhou da area de Arquitetura de Sistemas na Mesbla até 1994, quando fundou a Sirius em parceria com Sérgio Carvalho, seu sócio até hoje.
O que uma profissional assim teria a falar sobre os freelas? Comprovem nesta entrevista concedida mezzo phone, mezzo e-mail, como de costume por aqui. Vale acessar o site da Sirius e conhecer o trabalho em Usabilidade, Design centrado no usuário e soluções on-line para seus clientes.
CS – O que é o trabalho freela para você?
AM – A Sirius costuma trabalhar bastante com freela. Nós temos uma equipe enxuta de 30 pessoas e costumamos recorrer a contratação de freela por dois motivos: quando a nossa equipe está totalmente alocada em outros projetos ou quando o job exige um grau de especialização que não temos internamente.
CS – Já atuou desta forma?
AM – Sim, em diversos projetos. A Sirius é uma empresa que está a dez anos no mercado e vem crescendo de maneira consistente de acordo com a demanda. Felizmente nunca precisamos realizar um downsizing, mesmo após o estouro da “bolha” da internet. Um dos fatores que ajudou bastante, foi contarmos com um cadastro de freelas para os momentos de pico de projetos.
CS – Hoje na agência, tem algum?
AM – No momento estamos trabalhando com dois freelas, um para computação gráfica, e outro para animação em flash.
CS – Como é feita a escolha do freela
AM – Nós possuímos um banco de frrelas para cada necessidade. Temos um cadastro de freelas especializados em flash, designers, programadores Java, programadores, ASP, etc.
CS – Quanto tempo costumam durar os contratos dos freelas na agência?
AM – Depende bastante do job, mas pode durar até 5 meses. Este foi um caso de um programador Java que contratamos temporariamente para reforçar a nossa equipe de desenvolvimento Java.
CS – Existe o freela profissional?
AM – Sim, são pessoas especializadas em alguma atividade que preferem trabalhar de forma independente.
CS – Você acredita neste modelo de trabalho? Ou antes, é um modelo de trabalho?
AM – Acredito bastante. Sou de uma geração, em que nós saímos da faculdade já contratados. O momento agora é outro completamente diferente. O modelo de emprego fixo está morrendo. As pessoas estão saindo da faculdade e estão tendo uma enorme dificuldade de ingressar no mercado de trabalho “convencional”. Portanto temos que buscar alternativas, e com certeza o trabalho por projeto é uma delas. Existem muitos freelas que estão muito satisfeitos com a sua independência, pois ganham muito mais e tem mais liberdade no modo com conduzem a sua carreira.
CS – Você acha que começar como freela é uma boa para quem está saindo da faculdade?
AM – Com certeza é uma alternativa, mas depende muito do perfil desta pessoa.
CS – O mercado enxerga diferente quem é freela e quem tem “carteira assinada”?
AM – Acho que ainda existe um pouco de preconceito. Mas isto está mudando, veja o modelo americano, por exemplo.
CS – Um conselho para quem é freela
AM – Tente sempre se especializar. É muito importante se destacar em algum segmento, pois isto irá valorizá-lo bastante. Mantenha a sua rede de clientes e contatos sempre atualizada. Nunca “vacile”, pois este mercado é muito pequeno e notícia ruim se espalha rápido hoje em dia com a internet. Se você se queimar com um cliente, fatalmente irá diminuir bastante as chances de conseguir jobs com outros clientes. A Sirius já teve alguns problemas com freelas que não tinham compromisso com prazo e qualidade e acabaram nos deixando na mão.
Sobre a Sirius
A Sirius Interativa é uma das principais empresas no Brasil no desenvolvimento de soluções web e na consultoria estratégica em usabilidade. A Sirius trabalha com algumas das mais importantes empresas e instituições do Brasil como Embratel, Souza Cruz, Xerox do Brasil, Coca-Cola, Esso, GlaxoSmithKline, Petrobras, Banco Central e Ministério da Saúde.