Para aqueles que querem montar um portfólio hoje em dia, um aviso. Um portfólio pode precisar dizer mais coisas do que a tradicional pasta preta com divisórias de plástico conseguirá. Isso só para citar o exemplo de diretores de arte e redatores publicitários. Saber se seu portfólio é bem montado é fácil (dou algumas dicas a seguir). Comprar uma pasta portfólio transada e cheia do diferencial, é ainda mais simples (e mais caro). Comportar-se bem na apresentação (outro post que prometo fazer em seguida), com algumas horas na frente do espelho, você aprende.
Mas saber se ele vai funcionar…
A resposta pode variar de acordo com sua especialidade nesta selva da comunicação. O importante é lembrar que o material tem dois grandes objetivos: oferecer sua competência profissional como “A” solução para aquele cliente e, claro, colar “colar” na memória de quem o entrevista/avalia.
A Regra Geral para montar portfólios
Separar 10 peças, numerá-las, pela qualidade, de 1 a 10 e distribuir na seguinte seqüência: 9, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10. Sacou? Você abre com sua segunda melhor peça e vai num crescendo até chegar aquela que você (e sua mãe…) acham seu melhor anúncio. (Se você não conhece de onde veio esta regra, leia agora o Manual do Estagiário, de Eugênio Mohalem
Variações sob o mesmo tema
- Jornalistas
Para não esquecer: soluções de texto
Separar matérias em que você teve apenas participação crucial ou assinou. Se você ainda está no começo, que tal reescrever matérias nas quais você, acredita, poderia ter feito um trabalho melhor e fazer um antes e depois? Evite colar poesias que você fez na 8ª série, contos que você ainda não concluiu e outras aventuras. Para isso, crie um blog e dê apenas o link, certo? - Webdesiners
Para não esquecer: conhecimento sobre design
Pulando o óbvio do site, um grande diferencial para um Webdesigner, em minha concepção de mercado é mostrar que sabe Design. Os sites estarão lá, os flashs todo mundo faz…mas mostrar que sabe sobre cor, tipografia, história da arte e tendências atuais, meu amigo, é o caminho. Ah sim, isso envolve uma formação séria, estudo constante e talento. A grande dica é ao lado de excelentes peças saber como você chegou até aquela solução, contanto para isso, uma história com início, meio e final. Feliz. - Programadores
Para não esquecer: linguagens, certificações e equipes
Pelo pouco que entendo da área as soluções devem ser apresentadas na forma de programas escritos, o tipo e porte da equipe com que trabalhou/liderou, incluindo, claro, as linguagens que domina e suas certificações. - Profissionais de Marketing
Para não esquecer: cases
Marketing é toda aquela ciência de reunir desejos de consumidores com necessidades de mercado. Não conheço nada melhor para isso do que o formato tradicional de cases: problema, solução, resultados. Claro, aqui isso funciona para profissionais com projetos reais em seu histórico. Não tem como inventar. - Arquitetos e profissionais de usabilidade
Para não esquecer: cases
Acho que o exemplo que pode guiar a todos é a simplicidade, eloqüência e fluidez do site do Felipe Memória. Veja lá.
Peças diferenciadas no portfólio?
Já vi em agência portfólio dentro de caixa de brinde surpresa (sabe aquelas em que um palhaço pula quanto você abre?), em formato de paleta de pintor, em lâminas independentes, com brindes estranhos…e garanto que amigos aqui podem relatar casos e mais casos. Em sua maioria foram enviados ou deixados nas recepções e, por isso, careciam do principal diferencial: seu dono. Não vou entrar no mérito se são funcionais ou não, se garantem o efeito desejado ou não; mas recomendaria paciência e prudência em sua utilização.
Leitura indicada
Para ler com atenção: Por que não leio críticas? http://t.co/33djKQF1Ju pic.twitter.com/neifN8cKWk
— Mauro Amaral (@mauroamaral) 23 setembro 2015