Já repararam a mania que o mercado editorial tem de reeditar títulos clássicos adaptando milimetricamente para um determinado nicho de público? Parece que o leitor comum não tem capacidade de ler uma quarta capa e saber se quer ou não o livro. “Quem roubou meu queijo para secretárias”, “O gerente eficaz para mergulhadores caribenhos” …esses e outros títulos pululam nas prateleiras das megaultrabookstores, gerando filas de profissionais corporativos ansiosos por dicas de sobrevivência nessa selva desigual.
Esta tendência tem chegado até mesmo a uma onda relativamente nova, a Gestão de Conhecimento. Artigos mais recentes, que já advogam a falência dessa corrente (inclusive por entregar menos do que promete, concentrando-se em oferecer caríssimas ferramentas tecnológicas e não a questão central: ensinar as pessoas a pensar..), estão tratando de revisar os conceitos…mas, enquanto isso, basta encarar as prateleiras mais evidentes e encontrar algo do tipo “Gestão de Conhecimento para pequenas empresas”, “Gestão de Conhecimento orientada a objeto”…etc e tal.
Acho que vou lançar o A Arte da Guerra
Esta imensa cabeça de cera (olha aí, estou virando jornalista, quem diria…) é para registrar que com a chegada do segundo semestre, época que já assinalei como aquela em que chove maná, começam os estudos dos clientes/parceiros. É o momento de relembrar a leitura do livro citado ( original, por favor) e estudar bem o ambiente, antecipar movimentos etc…
São ligações pra lá, almoços para cá, e-mails mais à frente. Para manter o costume, vai aí uma dica: almoce com todos, responda a todos os e-mails. O que mais existe no mercado são diamantes disfarçados de pedras de carvão. Um banner hoje pode ser um portal amanhã. Um pequeno título bem feito gera outras 15 campanhas. E para marcar o terreno você tem uma única chace e, quase sempre, tem de ser de assalto.
Então, amigos, preparem-se. Revisem as munições, o rádio-transmissor, os mapas do terreno e respirem fundo.