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Pesquisa mostra que brasileiras ainda sofrem com dupla jornada

Trabalhar fora de casa com remuneração foi uma das grandes vitórias da causa feminista. Conquistar cargos considerados exclusivos dos homens, também. Porém, embora a participação feminina no mercado de trabalho continue crescendo, velhos costumes ainda dificultam a vida das mulheres assalariadas.

De acordo com uma pesquisa realizada com 800 mulheres em dez estados brasileiros, conciliar o trabalho externo com o trabalho doméstico é a realidade de 98% das entrevistadas. Destas, 71% não recebe nenhuma ajuda masculina nos cuidados com a casa e filhos, e três em cada quatro mulheres classificaram sua rotina como extremamente cansativa.

A falta de tempo para cuidar de si mesma, ficar com a família e os filhos, se divertir e descansar são as principais queixas das entrevistadas; e a maioria delas acredita que o salário feminino ainda é menor que o masculino. Apesar de todo esse desgaste, 91% das mulheres participantes da pesquisa consider

am o trabalho fundamental para suas vidas.

Outro dado revelado pela pesquisa mostra a incidência de ajuda masculina nos cuidados com a casa. Homens na faixa etária de 18 a 34 anos auxiliam mais, exercendo atividades diversas como limpeza da casa e compra de produtos; e superam o índice de participação dos maridos e companheiros com idade superior a 35 anos; o que poderia sugerir uma mudança dessa condição nas próximas gerações.

Realizada pelos institutos SOS Corpo, Data Popular e Patrícia Galvão, a pesquisa aponta que para as entrevistadas, algumas ações pertinentes ao poder público podem reduzir essa sobrecarga de trabalho; dentre elas a ampliação de vagas em creches, escolas em período integral, melhorias no transporte público, e mais ofertas de empregos e ensino.

Será que no mundo freela e independente é diferente? Meninas, comentem!

Fonte: EBC

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