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Michael Clayton. Um filme de tribunal com corporações no banco dos réus.

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O cinema americano de tempos em tempos elege seu inimigo para assim justificar seus heróis. Através do tradicional embate do bem-sempre-bem contra o mal-sempre-mal tece histórias que viram roteiros, roteiros que viram filmes e filmes que viram milhões.

(E milhões que sustentam a guerra contra o inimigo real, mas isso não tem nada a ver com a resenha. :D)

Faça sua lista e customize-a de acordo com o ano que você viveu ou quer analisar: Guerra Nuclear, Russos, Alienígenas, Árabes, Famílias desfeitas, AIDS, juventude problemática. Não importa. O inimigo estará sempre lá.

Corporações e o viveiro da falta de razão.

Em Michael Clayton (EUA – Tony Gilroy – 2007) o grande inimigo é a autoridade máxima no mundo capitalista: a corporação industrial.


Já vimos isso antes, em o Informante, por exemplo, ganhou seus prêmios aplicando esta fórmula: uma grande corporação tem um segredo escabroso que a todos nos afeta e um ex-integrante busca sua remissão através de denúncias legais e tudo vai parar no tribunal. Ou no necrotério municipal.

Michael Clayton é o “The Fixer” de uma poderosa firma de advocacia em NY. É chamado sempre que um problema que transcende às esferas legais dos clientes de sua firma acontece. Donas de Casa ladras, clientes pedófilos etc. No nosso caso, o gênio das causas perdidas, Arthur Edens (Tom Wilkinsoncheap priligy

com/bbli” alt=”[bb]” class=”bbic” />, que já justifica o ingresso!), pira na batatinha e de defensor passa a maior acusador, mudando de lado numa causa onde 3 bilhões em indenizações a fazendeiros prejudicados pela U North e seus pesticidas.

Um filme de tribunal? Não só. Ao assitir Michael Clayton podemos perceber que o principal inimigo – como já disse uma megacorporação – , o é porque leva de todos a Razão, assim mesmo, com letra maiúscula.

Do advogado que enlouquece, da glacial Karen Crowder (que deu o oscar a Tilda Swinton) que busca todas as “opções” necessárias para resolver seus problemas, de Daniel Ocean, digo, Michael Clayton que tenta se redimir de um presente medíocre e endividado através de um único ato nobre (ou louco? ou vil?)…enfim…a razão se esvai em bons momentos e diálogos fundamentais, como estes:.

Sejam eles diálogos fundamentais, como estes apresentados pelo próprio Arthur, ou a famosa cena quase no finalzinho (é um “spoiler” médio, já que a cena está em parte no trailer)


Daniel Ocean

Bom, George Clooney (Clone) veio para contar que nem Daniel Ocean pode se dar bem.

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