Muitos dos adultos de hoje foram criados numa época de inflação alta onde só era possível comprar algo parcelado, fazendo dívidas e lutando para pagar depois, não se conseguia acumular capital, o dinheiro no banco corria o risco de valer menos no futuro, era melhor consumir do que guardar. Você tinha que ir ao mercado e comprar o máximo de produtos, se deixasse para depois tudo ficaria mais caro e compraria menos. Com itens de maior valor, apesar do reajuste das parcelas você ainda segurava o preço da data da compra. Não se conseguia poupar para comprar no futuro. Hoje as coisas mudaram, ainda que a inflação tenha mostrado sua cara, a situação é bem mais estável, o nosso dinheiro é bem mais valioso e agora certas dívidas é que se tornaram muito caras. Se endividando no cartão de crédito, por exemplo, onde o juros varia de 5% a 17,5% ao mês, sua dívida pode crescer em um curto período,  o que seu dinheiro vai demorar um ano para render na poupança (6% ao ano, 0,50 ao mês), a maior parte dos financiamentos não corrigiu suas taxas ao nível da economia produtiva ou da rentabilidade oferecida ao poupador. Quando for comprar algo estude um pouco: quanto o objeto da compra terá custado quando terminar de pagar? Quanto tempo para juntar o dinheiro e comprar a vista ou pelo menos dar uma entrada? Com que urgência precisa fazer essa compra, ele é realmente necessária? Essa aquisição vai ajudar nos rendimentos, reduzir minhas despesas ou aumentar minhas despesas? A todo momento somos bombardeados por estímulos a um consumo descontrolado que pode levar a obesidade e a falência financeira, comprando coisas que ficaram jogadas em nossas casas. Segurar essa compulsão de comprar e responder as perguntas acima pode evitar uma armadilha de dívidas onde se entra muito facilmente, mas não é fácil sair... Fica caro e demora...