Montar um contrato de manutenção de projetos web não é uma tarefa fácil. Sabe por quê? Porque um contrato de manutenção precisa ser, na maioria das vezes, intuído. Eles estão escondidos em projetos que o cliente jura em que eles não serão necessários. Uma das mais corriqueiras armadilhas que designers, desenvolvedores e gestores de projetos Web caem, quando dão seus primeiros passos neste mundo online. Começa assim... Você começa a trabalhar num projeto cujo cliente é 100%: briefings elucidativos, aprovações fáceis, elogios ao seu trabalho, parcelas negociadas depositadas em dia, tudo do bom e do melhor. Aí, um belo dia, você entrega o projeto, vocês trocam um aperto de mãos e, assim que começa a caminhar, vem aquele tapinha nas costas... Cliente: “Quando começamos a manutenção...?” Você:“Amanhã mesmo, mando um contrato pra você...” Cliente:“Contrato? Ué, mas a manutenção não estava incluída no preço inicial?” Você: (com garganta entalada e estômago gelado...)... “Ahn???” contrato.gifComo evitar isso. Portanto, como eu dizia na abertura deste artigo, a dificuldade na criação de um contrato de manutenção para projeto web está em percebê-lo antes que seja pedido, quando já é tarde demais. Entenda o “tarde demais” como a perda de um outro projeto depois da entrega do site “edição zero”. Criação e manutenção DEVEM ser projetos diferentes ou, no mínimo, duas fases diferentes do projeto. Sim, porque você não vai trabalhar de graça. E sim, porque você poderia ter garantido uma remuneração interessante realizando bons contratos de manutenção com seus clientes. E aí vão algumas dicas
  • Dica 1: Comece entendendo que tipo de projeto requer manutenção, mesmo que o cliente não tenha percebido. Por definição, os projetos que mais demandam manutenção são, em ordem decrescente: Portais de conteúdo, Sites de e-commerce, Sites insticuionais, Portfólios pessoais, Minisites, hotsites.
  • Dica 2:Uma vez entendida a demanda, não esqueça de checar se o cliente terá fornecedores para o conteúdo (texto, ilustrações, fotos etc) ou você ficará responsável por coordená-los.
  • Dica 3:O próximo passo é adequar sua forma de remuneração baseado no que você levantou com as Dicas 1 e 2. Se o projeto requer trabalho diário e se prolongar por três meses ou mais, opte por uma “fee” (taxa, mensalidade, cota..etc) mensal. Se a demanda for pontual, crie uma tabela constante no contrato, estipulando formatos, preços, prazos e preços de cada tipo de atualização.
  • Dica 4: Você é um profissional super responsável, sabemos disso. Do lado do cliente devem existir profissionais assim também. Faça deles seus interlocutores e peça a eles o caminho das pedras para as aprovações. Se para colocar um projeto no dar a aprovação é fundamental, imagine para mantê-lo voando? Crie regras, procedimentos, fluxos, se resguarde.
  • Dica 5:: Saiba separar o que é manutenção do que é evolução de seu projeto. Tenha em mente que manutenção é tudo aquilo que mantém o site no ar, desde inclusão de conteúdo até mesmo o lado “back-office”, como infra-estrutura, contas etc. Contudo, passos que incluam mudança de estrutura ou funcionalidade não são manutenção, são evoluções do projeto e por isso deve ser orçadas a parte. Isso é muito importante! Não confunda as coisas.
Questões legais…. Claro que na montagem de um contrato de manutenção esbarra na particularidade de cada caso, no histórico do projeto e, sobretudo, na maturidade do mercado local em que você está inserido. As dicas acima são, sobretudo, guias de bom-senso que costumam garantir bons retornos. Se ajudarem, comente. Se a dúvida persistir: mandem um e-mail.
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