lucampello.gif Mais uma leitora que comentou por aqui e já garantiu seu espaço na Galerasolo. Publicitária com 11 anos de experiência e coordenadora de projetos Web para grandes clientes, Luciana vem mostrar o quanto é importante ter organização, cultura de tele trabalho e dedicação, para tocar esta vida de freela. Confiram.

Você parece ser bem versátil: Web, propaganda, jornalismo, artigos...Foi uma coisa planejada ou o próprio mercado te levou a trabalhar assim?
Os novos desafios foram surgindo e eu fui me arriscando em novas áreas. Comecei em publicidade. Depois, minha dupla de criação (Zal Riani) me “carregou” com ele para uma produtora web, quando nem sabia ligar o computador ou navegar. Fiquei tão fissurada em internet que aprendi rápido. Nessa área, conheci pessoas que me chamaram para trabalhos em jornalismo/multimídia. Abri uma produtora Web, a Mediatime, e passei a dominar mais o assunto, escrevendo artigos para o site da ArrobaCom. Um trabalho foi puxando o outro.
Entrou para essa vida em:
Desde que comecei a trabalhar em agências de publicidade, há 11 anos.
Como?
Desde o início trabalhei em parceria com o Zal Riani (atualmente, Diretor de Criação da Invision RJ). Ele sempre teve seus clientes próprios e me chamava para duplar com ele. Sempre fui “freelancer de madrugada”, trabalhando período integral.
Tem firma legalizada?
Já tive e sei a complicação que é. Prefiro comprar a nota a fazer sociedade.
Dedica-se totalmente ou é freela "meio-expediente"?
Como disse anteriormente, sempre fui freela “meio-expediente”, mas desde o dia 03 de outubro deste ano estou como freela em tempo integral, já que saí de uma empresa em que estava há quase 3 anos para coordenar o site de campanha do Bittar. As eleições acabaram e estou sem nada fixo, por enquanto.
Como aborda e prospecta clientes?
Na verdade, eu tenho a sorte de não precisar prospectar. Confesso que detesto essa parte, apesar de saber que é importante. Quem prospecta é esse meu amigo/parceiro. Muitas vezes me contrata também por projetos, através da Invision. Mas na época da Mediatime tinha que prospectar, inclusive porque procurava investidores para um projeto que era carro-chefe da empresa, o Freelaweb. Tive também a sorte de bater nas portas certas. Consegui parceiros incríveis.
Costuma formalizar propostas?
Nunca precisei fazer essa parte. Mas agora, após as eleições e depois de sair no Caderno de Informática do O Globo (pegando carona numa matéria com meu filho “Mini Geeks”), foram surgindo propostas de freelas e participação em projetos diretamente pra mim. Então grudei num amigo meu muito conceituado na área, Carlos Nepomuceno, diretor da PontoNet, e ele me deu todas as dicas de um super empresário, inclusive para apresentação de contratos.
Qual foi o pior calote?
Nossa, foram tantos que fica até difícil lembrar o pior. Mas aprendi que calote é sinônimo de falta de planejamento e organização. Se você apresenta um contrato bem definido, prevendo as possíveis variáveis e considerando custos e datas com o máximo de precisão, consegue evitar sustos. Tem que “oficializar” tudo desde o princípio, mesmo que seja pra criar algo simples. Mas essas manhas você só ganha com tempo de mercado e de calote.
O projeto ideal, como seria?
Com muito planejamento, um organograma completo com funções pré definidas, um briefing bem assimilado e orcamento bem feito. Tem que tirar do cliente o máximo de informações necessárias para se desenvolver um bom trabalho, e anotar tudo! Já vi muitas empresas de nome trabalharem com grandes clientes sem o mínimo de planejamento e organização. Sei que o tempo não ajuda; de qualquer forma, é melhor demorar um pouco mais pra começar o projeto do que gerar retrabalho. Outra questão imprescindível é uma equipe unida. Por mais que um projeto seja magnífico, se não ouver entrosamento entre os participantes, o trabalho não flui.
Indicaria de olhos fechados:
Depois de um tempo de mercado você não fecha mais os olhos para nada, nem ninguém. Quando o interesse e a ambição falam mais alto, muitas pessoas esquecem ética e amizade. Até eu que sempre fui muito crédula, tive que aprender a pensar assim. Não fico desconfiando de todos, mas de qualquer forma, mantenho meus olhos sempre bem abertos e um pé lá atrás.
Espaço livre
Apesar de acreditar que o bate bola entre equipe é muito importante, além do sentimento de união e entrosamento, também acho o tele trabalho uma opção muito interessante. É necessário ter uma cultura de tele trabalho (organização, ambiente adequado, equipamentos condizentes, uma estrutura otimizada de comunicação, etc), mas acho uma saída prática, econômica e que pode garantir uma melhor qualidade de vida. Seria uma espécie de trabalho fixo com formato de freelancer.