[caption id="attachment_17007" align="alignnone" width="640"]Já se passar por 13 anos tendo 55 é outra história! :D Já se passar por 13 anos tendo 55 é outra história! :D[/caption] A notícia veiculada no início deste mês que um computador conseguiu convencer 10 dos 30 de juízes integrantes da Royal Society de que ele não era uma máquina em um teste de Turing causou perplexidade até mesmo entre os membros da comunidade científica. O experimento foi organizado pela Universidade de Reading, no Reino Unido. O software, apelidado como chatbot, se apresentou como Eugene Goostman, um menino de 13 anos.  Eugene Goostman foi desenvolvido pelo pesquisador russo Vladimir Veselov e pelo pesquisador ucraniano Eugene Demchenko. Pela primeira vez na história um computador venceu o Teste de Turing, que foi criado com o propósito de responder a uma importante questão: "uma máquina é capaz de pensar?" Para o famoso filósofo francês Pierre Lévy, enganar a cada três humano em uma troca de texto não seria a melhor maneira de medir a inteligência do computador. Segundo o pensador, compreender a linguagem humana é uma das coisas mais difíceis de computadores pode fazer. “Ao contrário de nós, os computadores se esforçam para entender como uma palavra pode mudar de significado dependendo das outras palavras ao seu redor”. Ainda sobre o assunto, o premiado físico Stephen Hawking escreveu em um editorial para o jornal britânico The Telegraph, que “o sucesso na criação de inteligência artificial pode ser o maior evento da humanidade. Infelizmente, ele também pode ser a última”. Sobre o argumento de que é possível prever a evolução dos limites do progresso, Hawking adverte sobre a necessidade de pensar com antecedência sobre o que seria o seu impacto. Hawking comenta não apenas das consequências desagradáveis de automação, como a incineração de postos de trabalho ou a subversão dos ritmos naturais, mas também da possibilidade real e não muito remota, de que as máquinas um dia ainda serão capazes de escapar do controle humano. Polêmicas à parte, a perspectiva de que sejam criados sistemas mais capazes de influenciar as decisões individuais e coletivas dos seres humanos abriu novamente um antigo debate, ainda sem respostas e, muitas vezes, subestimado pela grande maioria da sociedade. Entenda mais sobre o Teste de Turing: O teste, também chamado de The imitation game, mede o desempenho de uma máquina em relação ao ser humano. O procedimento é o seguinte: a máquina e um humano são colocados em quartos separados. Um indivíduo, eleito como o interrogador, fica em um terceiro quarto localizado entre os dois outros quartos. O interrogador não pode ver ou falar diretamente com o ser humano ou com a máquina. Toda a comunicação é realizada unicamente através de um painel via texto. Após a conversa, os juízes devem ser capazes de afirmar quem era o computador e quem era o ser humano. Caso o computador consiga enganar em 30% do tempo cronometrado os juízes, a máquina é considerada um ser inteligente.  Neste caso, chegou aos 33%.